Soneto da Noite Silenciosa
No ventre da noite a saudade acende Um lume escondido no meu coração, E a dor que cala em sombra tĂŁo ardente Ă rastro antigo feito de paixĂŁo. As estrelas sabem do que me consome, Do nome que evito e nĂŁo me esqueceu, Do toque que em silĂȘncio ainda me nome E da ausĂȘncia que nunca se perdeu. Oh cĂ©u! Confidente das minhas dores, Guarda em teus vĂ©us a imagem dela, Pois cada verso meu geme por flores Que brotam quando a memĂłria revela: O amor que vive em tantos esplendores Mas dorme eterno na noite mais bela.